Sem previsão de término, greve nos bancos faz três semanas no Paraná

Estado | 27/09/2016
Paralisação nacional da categoria completa 21 dias nesta terça-feira (27). 
Em todo estado, são 837 agências e 11 centros administrativos fechados.
 
Segundo dia de greve dos bancários atinge 212 agências de Curitiba e RMC. (Foto: Joka Madruga/SEEB Curitiba)
 
A greve dos bancários no Paraná, que teve início no dia 6 de setembro, completa três semanas nesta terça-feira (27). Ao todo, 837 agências bancárias e 11 centros administrativos fecharam em todo o estado e mais de 21 mil trabalhadores estão de braços cruzados.
 
Ainda não há previsão para o fim da paralisação. No entanto, o comando da greve dos bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltam à mesa de negociação nesta terça-feira, a partir das 14h, em São Paulo.
 
Os dados da greve no Paraná são do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e foram divulgados no fim da tarde de segunda-feira (26).
 
Em Curitiba, a greve avançou em outros quatro bairros, onde foram fechadas mais agências: nove a mais que na véspera do final de semana, na sexta-feira (23).
 
Em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), a estimativa do sindicato é a de que 15,6 mil trabalhadores estão paralisados, o que representa 86% da categoria.
 
A greve não prejudicou o atendimento nos caixas eletrônicos das agências, mas aumentou o atendimento nas casas lotéricas em até 40%, segundo o Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná (Sinlopar). Com isso, as filas são inevitáveis. Veja dicas do Procon-PR para evitar o pagamento de juros e multas.
 
Reivindicações
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação, além de participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
 
A categoria quer também piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Outra importante reivindicação diz respeito aos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
 
Além disso, os trabalhadores do ramo financeiro ainda querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral. Garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas fecha.
 
Pauta nacional
A categoria rejeitou a última proposta da Fenaban de reajuste de 6,5%  sobre os salários, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.
 
Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
 
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações.
 
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo.
 
Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de seis horas/dia.
 
No ano passado, no Paraná, a greve da categoria durou 20 dias.
 
 
 
 
Fonte: G1
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